segunda-feira, novembro 26, 2007

Teatro na Invicta #2

Uma velha, quando tinha o tamanho de um grão-de-bico, procurava um tesouro escondido na areia da praia deixando atrás de si pegadas de menina...

Espectáculo Multidisciplinar para público a partir de 4 anos
Teatro do Campo Alegre, Porto
01 e 02.Dezembro, 16:00
03 a 07.Dezembro, 10:30 e 15:00

Direcção: António Júlio
Texto: Helena Nogueira
Interpretação: Anabela Sousa
Figurinos: Rute Moreda
Cenografia e Adereços: Rute Moreda, António Júlio
Concepção de Programa Interactivo: Kátia Sá, João Apolinário
Sonoplastia: João Apolinário
Imagem: Kátia Sá
Voz-off: Joana Providência, António Júlio
Design Gráfico: hicns
Produção Executiva: João Lemos
Produção: FCD/Teatro do Campo Alegre

Podem e devem visitar Eunice aqui e na Sala Estúdio do Teatro do Campo Alegre, a partir de 01.Dez.

Informações e reservas:
226 063 000 (terça a domingos das 14:00 às 22:30)
bilheteira@tca-porto.pt

quinta-feira, novembro 22, 2007

Portugal Português #1

Aquário do TUP no Museu

Este é o cartaz do próximo espectáculo do Teatro Universitário do Porto, que como já havia referido há pouco mais de um mês, vai estrear em Dezembro, no Museu do Carro Eléctrico.

Quem quiser saber mais, só tem espreitar o link aqui ao lado.

terça-feira, novembro 20, 2007

Yun Zi...




A Escolinha #1



Este Senhor é o resultado do meu primeiro dia de escolinha na Capital. Conhecido por Screamin' Jay Hawkins é o autor da música "I Put A Spell On You" conhecida pela maioria de nós na voz de Nina Simone, mas da qual já foram feitas covers interpretadas por uma quantidade enorme de artistas desde Diamanda Galas até Marilyn Manson.

Resumindo: prof. de música (que é a verdadeira tola) pede para escolhermos uma música e seu autor sobre a qual vamos ter de fazer um trabalho, a entregar no início do próximo mês. Eu com tantas e nenhuma na cabeça! No final encaminho-me para o metro debaixo de uma chuva torrencial (que mais parecia o dilúvio bíblico). Cruzo-me com um moço que ouvia nos seus fones a música acima referida interpretada por Nina Simone. A minha pessoa toma aquilo como um sinal do sr. Além e decide-se. Chego a casa e decido confirmar o autor da dita canção e dou de caras com este one man show, que me era totalmente desconhecido, mas que tem uma carreira bastante longa, como podem constatar aqui.

Por isso meus Amigos, agora quando não me encontrarem é porque estou com este Senhor, pois parece-me que tenho muito para aprender com/sobre ele. Sobretudo a parte de pôr caveirinhas a fumar e mãozinhas cortadas a mexer sobre o piano. Um mix pleno de entre voodoo, Família Adams e padrões africanos.

Começo a gostar disto!

sábado, novembro 17, 2007

Cinema Brasil


Lisbela e o Prisioneiro (2003), de Guel Arraes.


Este foi o filme que recentemente passou na tv e despertou em mim a vontade de divulgar (pelo menos aos meus amigos que se dão ao trabalho de ler o que aqui vou escrevendo) alguns exemplos do vasto leque de filmes brasileiros, uma vez que tristemente, e ainda sem perceber porquê, não é feita pelos meios normalmente utilizados para o efeito. Sim, existem bastante mais além d'O Auto da Compadecida, Cidade de Deus ou Carandiru (não menosprezando o valor destes, obviamente).

Da minha vida do outro lado do mar, os que me ficaram na memória e aconselho: Amarelo Manga, Amores Possíveis, Bicho de Sete Cabeças, Central do Brasil, Eu Tu Eles, O Homem Que Copiava.

Para saber mais é só clicar aqui.

sexta-feira, novembro 16, 2007

Dead Dreams of Monochrome Men (1989)





Esta é uma das peças DV8, realizada por David Hinton. Foi a primeira que vi e revi. Hoje num momento de nostalgia e porque as alternativas não se apresentavam aliciantes o suficiente voltei a fazê-lo.
Solidão, desejo e a morte como forma de obter um amor possível e continuamente presente. Um romantismo macabro, doentio até, mas uma possível história de um possível hoje!

segunda-feira, novembro 12, 2007

sábado, novembro 10, 2007

Porto de Abrigo

Cheguei à Invicta para ficar um ano e regressar às Terras de Vera Cruz. Preparo-me agora, passados quatro anos (quase!), para deixar esta cidade, baixar no mapa e estacionar na Capital, por um ano (ou talvez mais!).
Nesta iminência de uma partida por mim próprio orquestrada e, ainda que possa parecer estranho, de certa forma desejada, vejo agora esta cidade com outros olhos.
Esta cidade onde ressaquei quando percebi que retornar a S. Paulo não seria tão breve como tinha planeado.
Esta cidade em que me habituei ao frio e ao cinzento depressivo dos edifícios e das próprias pessoas. As mesmas que conseguem ser afáveis, ternas, calorosas (e calorentas! e calóricas!) e sobretudo muito genuínas.
Esta cidade onde fiz Amigos, que me ensinaram a olhar para o cinzento como uma tela a colorir.
Esta cidade onde me apaixonei vezes sem conta e bati com a cabeça na parede outras tantas e onde superei a morte de um namorado.
Esta cidade onde encontrei um rumo, apesar dos ventos fortes.
Esta cidade que me pôs a falar de uma forma diferente.
Esta cidade que tem um Piolho onde sei que sempre encontro alguém para partilhar um café e um fino e deitar conversa fora e uma Confeitaria do Bolhão onde posso sempre tomar um pequeno almoço refastelado, com olheiras até ao queixo e uma cabeça de elefante depois de uma noite em que dancei e bebi como se não houvesse amanhã.
Esta cidade que considero já a minha casa e que, apesar do falo gigante recentemente colocado nos Aliados, do nulo apoio à Cultura e das contínuas obras, me vai deixar saudades como o caraças!
Esta cidade que creio que será sempre o meu Porto de Abrigo...

domingo, novembro 04, 2007

Novidades?!...

Hoje acordei. Pus a Björk a cantar para mim, pois a situação exigia um acordar rápido e lancinante. Liguei a tv emudecida e li qualquer coisa do género "De acordo com um estudo em que a UP esteve envolvida o rendimento per capita no Norte é inferior em 20% ao do restante país."

Pensei "Que bela forma de começar esta semana!" Mas não percebi qual a novidade. Até parece que já não o sentimos no pêlo, quando saímos da aldeia com a nossa malinha de cartão.

Definitivamente deveria ser proibido acordar o pobre do contribuinte com notícias deste calibre. Muito menos a um Domingo! Este tipo de coisas pode muito bem saber-se numa Segunda. Ou não?

sábado, novembro 03, 2007

O Fim Vale O Que Vale

Agora que terminou o roubo, aqueles que não conseguiram assistir, podem espreitar aí em baixo o que perderam.

Se pedirem muito talvez haja mais...
Entretanto estai atentos ao blog da companhia, que está já aqui ao lado.

sexta-feira, novembro 02, 2007

Eres Lo Que Lees

Tinha este post preparado há alguns dias mas não queria publicá-lo sem antes me informar devidamente do que aconteceu. Agora que me considero esclarecido quanto ao assunto sinto-me preparado para fazê-lo.

"Eres Lo Que Lees" foi o título de uma instalação do artista costa riquenho Guillermo Habacuc Vargas, apresentada na Bienal Costarricense de Artes Visuales.

Este projecto consistia tão somente de um cão vadio, apelidado de Natividad, amarrado a uma parede. O cão, apanhado na rua, de forma até agora pouco explicada, mas que tudo indica que tenha envolvido maus-tratos, esteve preso à dita parede, na qual se podia ler a frase "Eres Lo Que Lees", escrita pelo autor da instalação com comida para cães, que Natividad não conseguia atingir.

Mesmo perante alguns protestos e vozes que se levantaram quando alguns visitantes se aperceberam que a condição do animal, bem como a sua dignidade estavam degradar-se, o cão não foi libertado, por recusa directa do autor da dita instalação.

Natividad acabou por morrer lentamente à fome, perante o olhar de todos os visitantes da bienal e sem perceber porque não podia ingerir a comida que estava na sua frente.

Quando questionado acerca deste projecto e obviamente todas as questões éticas que a concretização do mesmo levantou, o artista afirmou ser esta uma forma de homenagear Natividad Canda, um nicaraguense morto por um Rotweiller, acrescentando que “O importante para mim é a hipocrisia das pessoas: um animal assim, quando colocado num lugar branco onde há gente que vai ver arte, converte-se num foco de atenção. Mas não quando está na rua a morrer à fome. A mesma coisa aconteceu com Natividad Canda, as pessoas só se sensibilizaram com ele quando foi atacado pelos cães”. Ao ser questionado por que não usou outro meio de exposição, respondeu: “O cão está mais vivo do que nunca, pois continua a dar que falar”.

De realçar que com este projecto o artista foi escolhido pela organização do certame, para representar o seu país na Bienal Centroamericana em 2008, nas Honduras.

Custa-me a acreditar que torturando um animal até à morte por um mero capricho de artista, classificando o feito como Arte, se possa ser premiado. É triste perceber que só assim possamos ouvir falar deste senhor e da sua obra!

Está a decorrer uma petição on-line, que pode ser assinada aqui, por qualquer pessoa que queira de alguma forma contribuir para que o sr. não volte a cometer esta atrocidade.

Aqui ficam algumas imagens da obra em exposição.