Que o trabalho do homem é polémico já se sabe!
Discutir se o que faz é arte ou não, já me cansa...
Cansam-me também insinuaçõezinhas infanto-juvenis sobre o tipo de relação que temos. O não esclarecimento desta dúvida parece incomodar e ser bastante pertinente para meia Lisboa e alguns subúrbios...
Ainda em recuperação do cansaço, o balanço é positivo:
1-considero esta a minha pós-graduação em Gestão de Espectáculos com Financiamentos Que Nunca Mais Chegam e Apoios Que se Cortam à Última Hora...
2- comecei a compreender os esquemas de condução da capital, embora me tenha metido no IC19 em direcção a Sintra quando afinal só queria ir para o Colombo...
3- trabalhei a minha paciência face aos inúmeros semáforos de velocidade controlada da marginal (e para quem não conhece, acreditem que são bastantes);
4- desenvolvi toda uma nova linguagem menos própria para caracterizar os espertinhos que não percebem que quando ultrapassam o limite de velocidade accionam o vermelho. Alguns dos vocábulos constarão na próxima edição do dicionário de língua portuguesa...
5- consegui pôr o Curador a passear-se em tronco nu pela casa o que não só aumentou as audiências, como contribuiu para a venda do espectáculo a algumas Câmaras e Escolas. Os patrocinadores fizeram chegar mensagens, pelos diversos meios disponíveis, demonstrando o seu orgulho em apoiar tão nobre e saudável ca(u)sa (sim, agora já posso admitir que isto foi uma estratégia de produção);
6- melhorei a técnica de observação-de-comportamentos-pelo-retrovisor, nas viagens (por vezes infindáveis) entre Estoril e Lisboa, com os fabulosos 5, enlatados no Ford Fiesta;
7- escutei, ri e tive medo com e por pessoas que quero que façam parte da minha vida a curto, médio e/ou longo prazo;
8- ouvi todos os hits gay dos 80 e 90, em loop, over n' over;
9- sinto-me uma pessoa melhor... em paz... em comunhão... em processo...
10- "The Curator's School". Setembro.'08. Festival Circular. Vila do Conde.
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